terça-feira, 17 de novembro de 2009

Matéria para o teste de avaliação

1. As consequências da 1ª Guerra Mundial

1.1 Indica as condições impostas pelos Aliados à Alemanha no Tratado de Versalhes.

Os Aliados impuseram à Alemanha as seguintes condições:
- restituição da Alsácia e da Lorena à França;
- desmilitarização da Alemanha;
- pagamento de indemnizações aos Aliados.
1.2 Descreve as alterações no mapa político europeu.
Os impérios alemão e austro-húngaro foram desmembrados, levando ao aparecimento de novos países: Checoslováquia, Polónia, Jugoslávia, Estónia, Letónia e Lituânia.

1.3 Indica os objectivos da criação da SDN.
A Sociedade das Nações foi criada com o objectivo de manter a paz internacional, resolvendo os conflitos de forma diplomática.

1.4 Descreve as consequências demográficas, materiais e económicas da guerra.
As consequências da 1ª Guerra Mundial foram:
- elevadas perdas humanas: terão morrido mais de 8 milhões de pessoas, sobretudo na Alemanha e na Rússia;
- pesadas perdas materiais: os combates arrasaram povoações, campos, fábricas e vias de comunicação;
- crise económica na Europa: devido às perdas materiais, houve uma quebra na produção o que levou à inflação, ao aumento dos preços e ao aumento do desemprego. Houve, portanto, uma degradação das condições de vida;
- endividamento dos países europeus para fazer face às despesas com a guerra.
Devido à situação económica da Europa, esta perdeu a hegemonia que tinha a favor dos E.U.A, país que, nos anos 20, conheceu um período de franco crescimento económico.

2. A 1ª República
2.1 Relaciona a crise económica e o Ultimatum com o descrédito da monarquia portuguesa.
A situação económica e política colocou em descrédito o regime monárquico. O país atravessava uma grave crise económica e financeira, a qual os governos mostravam-se incapazes de resolver. Por outro lado, a cedência ao Ultimatum britânico foi encarado como uma autêntica humilhação ao orgulho nacional. A onda de fervor patriótico que se viveu então voltou-se contra o rei, conduzindo à primeira tentativa de revolta republicana, a 31 de Janeiro de 1891, no Porto.

2.2 Descreve a conjuntura política em que ocorreu o Regicídio e o 5 de Outubro.
Devido às dificuldades económicas que o país atravessava e à crescente adesão ao Partido Republicano, o rei D. Carlos nomeou como chefe de governo João Franco, que passou a dirigir o país de forma ditatorial: dissolveu o Parlamento e decretou o desterro de todos os culpados de crimes políticos. As forças republicanas, descontentes, assassinaram o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe, a 1 de Fevereiro de 1908.
O rei D. Manuel II mostrou-se incapaz de fazer resolver os problemas do país, nomeando seis governos entre 1908 e 1910.
Militares de baixa patente e civis armados e organizados pela Carbonária implementaram a revolta a partir de Lisboa, à qual a maioria da população aderiu. O rei partiu para o exílio e José Relvas, na varanda da Câmara Municipal de Lisboa, declara a implantação da República em Portugal.

2.3 Menciona as alterações verificadas no regime político com a implantação da república.
As primeiras medidas políticas foram a adopção dos dois novos símbolos da República: a “Portuguesa” foi escolhida como Hino Nacional e foi adoptada a nova bandeira nacional.
A Constituição de 1911 instituiu um regime parlamentar, no qual o poder legislativo( Congresso da República) se sobrepunha ao poder executivo (Presidente da República e Governo).

2.4 Refere as medidas de carácter económico, social e educacional tomadas pelos governos republicanos.
Os governos republicanos tomaram uma série de medidas no sentido de resolver os problemas económicos e sociais do país:
- medidas económicas: adopção de medidas para a mecanização da agricultura e o desenvolvimento de certos sectores industriais; construção de vias e meios de comunicação
- medidas sociais: direito à greve, estabelecimento de horário semanal de 48 horas
- medidas educacionais: escolaridade obrigatória entre os 7 e os 10 anos, desenvolvimento do ensino técnico, criação das Universidades do Porto e de Lisboa.
2.5 Explica a instabilidade política verificada ao longo dos 16 anos da 1ª República.
Nos dezasseis anos da 1ª República, houve 45 governos. Uma das razões para a sucessão de governos deveu-se ao próprio regime parlamentar. Um governo precisava do apoio de uma maioria parlamentar; como isso não existia e não havia entendimentos entre os vários partidos políticos, os governos caíam com frequência. Houve, inclusivamente, golpes militares que estabeleceram períodos de ditadura.
2.6 Descreve o clima de agitação social em que se vivia na época.
Havia uma grande agitação social. Eram frequentes as greves, agressões físicas, ataques bombistas, assassinatos e guerras civis. Havia largas franjas da população – operários, católicos, monárquicos – que demonstravam um grande descontentamento face ao regime e contribuíam para o clima de grande agitação política e social.
2.7 Justifica o descontentamento de todos os grupos sociais relativamente ao regime republicano.
A maioria da população – a grande burguesia, o exército, os funcionários públicos, a classe média - estava descontente com o regime republicano devido à grande instabilidade política, à sucessão de governos, à grande agitação social nas ruas, ao défice da dívida pública, ao agravamento das condições de vida. Os governos republicanos mostravam-se incapazes de resolver os problemas políticos, económicos e sociais do país.
Houve um sentimento generalizado de que era necessário um regime forte – uma ditadura – que impusesse a ordem e a tranquilidade. Estava aberto o caminho ao golpe militar de 28 de Maio de 1926.

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